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Jazz Time: Blue Note inaugura com programação especial e cozinha de Pedro de Artagão
Por Antonia Leite Barbosa | Publicado em 31 de agosto de 2017
Valendo! Após muita espera, o a filial carioca do antológico jazz club jazz novaiorquino, abre as portas no Lagoon. Primeira unidade da Blue Note no Hemisfério Sul, a casa de shows se difere de tudo que temos no Rio hoje. Além do compromisso com o jazz, a casa que traz a chancela do empresário Luiz Calainho promete ser uma ponte entre o gênero e a música brasileira em geral, apresentando novos nomes e também projetos especiais de músicos já conhecidos em versões intimistas. "Um dos primeiros a me ligar quando soube que o Blue Note estava vindo para o Rio foi o Marcelo D2, que me apresentou um projeto inédito incrível. Este espaço vai ser para novidades" adianta o empresário. Além do vocalista do grupo Planet Hemp, outra que já se animou em apresentar um projeto pessoal por lá foi Ivete Sangalo, "a minha rotina tem sido de ligações como essa", completa, adiantando ainda que os fãs de jazz devem ficar atentos a possíveis participações durante o Rock in Rio.
A programação de estreia veio para fã de jazz nenhum botar defeito. Celso Fonseca abriu a noite de estreia, e teve entre seus espectadores Jards Macalé, Glória Maria e Guilhermina Guinle. Já estão agendadas para este semestre apresentações de Chick Corea & Steve Gadd Band, Maceo Parker, além de nomes brasileiros que incorporaram o jazz com maestria, como Sergio Mendes, Hermeto Pascoal e Jacques Morelembaum. A "prata da casa", porém, será a Brasil Jazz Stars, banda residente que já tem agenda acompanhada ainda por nomes como João Donato, Jards Macalé e Marcos Valle. A promessa é de ter dois destaques nacionais e internacionais ao mês, com a programação começando sempre às 18h30 - bem a tempo do famoso happy hour -, e recomeçando com nova atração às 20h ou 21h30, dependendo do dia. E a promessa é de que em outubro abra também para o almoço e inclua na agenda fixa um brunch aos domingos.Apesar da música ser a atração principal - a casa funcionará de terça a domingo, e terá até três sets de jazz a partir das quintas-feiras -, mas Calainho recorreu ao chef Pedro de Artagão para derrubar um outro tabu. "No Brasil e no mundo inteiro é comum vermos uma boa casa de shows, ou uma boa coinha. É um ou outro. Por isso eu fui atrás deste chef que é uma referência da sua geração". A frente de quatro casas com seu Grupo Irajá - Irajá Gastrô, Formidable Bistrot, Azur e Cozinha Artagão -, o chef se tornou um dos grandes empreendedores da gastronomia carioca, e encara agora o desafio de estender o nível de excelência musical do palco à cozinha. Entre as pedidas, estão steak tartare em toasts e a provinha de peito assado por várias horas num brisket com purê de batata amanteigado. Para acompanhar, além dos vinhos e cervejas artesanais, o bar ganhará uma linha clássica sob a batuta da sommelière especialista em bebidas do grupo, Julieta Carrizo, com opções como dry martini, negroni e uma carta dedicada aos whiskies.