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Casa Cor 2019 aposta em ambientes verdes e sustentáveis
Por Alessandra Carneiro | Publicado em 19 de agosto de 2019

Começa nesta terça, 20, mais uma edição da Casa Cor Rio, a mais tradicional mostra de decoração da cidade. Até o dia 29 de setembro, o carioca poderá visitar, se surpreender e se inspirar nas 44 criações de arquitetos, designers e paisagistas que ocupam o Edifício Touring, na Praça Mauá. O tema desta edição é “Planeta Casa”, que trata do lar como o universo particular de cada indivíduo. É neste ambiente que encontramos espaços como um loft para ciclistas com telão conectado às bicicletas ergométricas; um quarto para quem ama ler; uma área infantil que é quase uma floresta; e até um apartamento inspirado no estilo de vida do cantor Ney Matogrosso.

Visitamos o espaço antes da abertura e podemos adiantar algumas tendências: o conceito urban jungle, com muito verde, plantas e acabamento rústico, está com tudo e traz na carona o mote da sustentabilidade. O estilo industrial segue em alta, porém mais discreto e muitas vezes misturado com outros temas.
Um dos destaques do urban jungle é a homenagem da Toca Arquitetura, das sócias Paula Pupo e Natalia Lemos, a Ney Matogrosso. "Quisemos trazer a ideia do Ney mais rústico que se refugia no campo, com tons terrosos, pisos de barro e de madeira de demolição, e sempre com a preocupação da sustentabilidade", explica Natalia.
No quesito sustentabilidade também chamou a atenção o Loft do Casal Ciclista, das arquitetas Cristina Côrtes e Claudia Sant'ana, que traz bicicletas ergométricas que não usam energia elétrica e são conectadas a um telão por Bluetooth para simular pedaladas por diversos locais do mundo.

O tema "Planeta Casa" traz diversos hobbies para cômodos em que não dão vontade de sair de casa, como a Sala de Bilhar, de Cristina e Mariana Mascarenhas; e o quarto Leitura Tech, de Victor Niskier, que mergulha nas várias formas de leitura contemporânea.
A Casa Cor Rio ocupa o edifício Touring, uma construção em art-déco projetada pelo arquiteto francês Joseph Gire e construída em 1920, além de um galpão anexo. O prédio, que em décadas passadas era a porta de entrada da cidade para quem chegava de navio, será transformado depois num grande mercado gastronômico, nos moldes de europeus como o Mercado da Ribeira, em Lisboa. O espaço casa perfeitamente com o tema da mostra deste ano, apresentando a proposta de como seria morar na região portuária, trazendo estúdios e lofts com metragens de 70m² a 90m² que ganham varandas com a exuberante vista da região.

“A ideia é resgatar as antigas funções do prédio trazendo em suas salas experiências temáticas diversas, além dos lofts e estúdios que apresentam as ideias do morar atual, ressaltando que a casa é hoje um elemento agregador em nossas vidas, o planeta onde a afetividade, a tecnologia e a sustentabilidade devem sempre estar equilibrados para o bem viver”, diz Patricia Mayer, sócia-diretora da Casa Cor Rio.