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Novo Fasano: motivos de sobra para um descanso em Angra dos Reis

Por Antonia Leite Barbosa | Publicado em 18 de maio de 2018

Recebi um convite da assessora de imprensa Maria Vargas, sócia da Documennta, para conhecer o novo Fasano em Angra dos Reis e confesso que, mais empolgada do que com o hotel propriamente dito, fiquei com a perspectiva de duas noites de sono sem despertador tocando às 6h30 e a função de despachar filhos para a escola. Acostumada a frequentar Angra desde cedo e já tendo me hospedado no hotel Fasano do Rio, qual seria a grande surpresa dessa viagem, me perguntava. O que motivará os cariocas a se hospedarem em um luxuoso hotel cinco estrelas na Costa Verde? Saí de lá sabendo responder muito bem a essa pergunta.
Na estrada o tempo ficou meio nublado e eu pensei com os meus botões: só falta o meu “freepass” ir embora numa chuva... O percurso levou 3h15, mas o papo estava tão bom que passou mais rápido do que eu esperava. Chegando lá fomos recebidos com um refrescante drinque de boas vindas e o mínimo regulamentar de informações sobre o hotel, pois nada é mais chato em uma press trip do que um gerente que nos recebe já querendo mostrar quarto e fazer site inspection. “Aproveite a sua estadia” nos desejou João Marcelo e a Luana, com as palavras mais sinceras. Em poucos minutos estava dentro do meu quarto, que era simplesmente um luxo. Luxo sem ostentação. Luxo nos acabamentos, na qualidade da roupa de cama, na marcenaria, na moldura do espelho, um super bom gosto. Poderia morar ali pra sempre. Algo me fazia sentir em casa.
Descemos para o restaurante Praia para almoçar e nos ofereceram uma releitura de moqueca que não levava nem dendê nem coentro. Não tem a mesma personalidade do típico prato baiano, mas é uma delícia e muito mais amiga da digestão. Encontrei com o Daniel Pinheiro, um talentoso fotógrafo carioca que o Rio perdeu pra São Paulo há mais de uma década e que eu também não via há tempos. Uma das vocações do Frade sempre foi promover a mistura entre paulistas e cariocas e o novo Fasano Angra promete ser palco desses encontros com muito estilo. Saímos para um tour pelo condomínio com carrinhos de golf. Tivemos a sorte de cruzar com uma família de capivaras, passamos por uma linda cachoeira e fizemos o percurso plano de 4 km que o hóspede que gosta de caminhar ou correr pode fazer pelo meio da Mata Atlântica. Deve ser uma experiência única para quem está acostumado a correr em cidades ou esteiras ergométricas fazer o trajeto sem escutar um barulho que não seja o da natureza. Voltei para o quarto pra dar uma relaxada e resolvi conhecer o SPA. Foi o roupão dobrado no banheiro que me chamou. Tenho uma certa tara por roupão. Cheguei em uma área coberta e encontrei uma piscina, ou melhor, uma raia de 25 metros, com revestimento de pastilhas verde esmeralda e água aquecida. Não estou falando de água aquecida de piscina de academia. A temperatura era de uns 34 graus, muito mais relaxante. No mesmo ambiente tinha uma outra piscina retangular com sete tipos de jato d’água que complementavam essa experiência. Sauna seca e outra a vapor e eu querendo as duas. Estabeleci turnos. Voltei para o quarto, tomei um delicioso banho e me arrumei para o jantar. Nesse ínterim minha cama já tinha sido aberta, meus itens de toalete foram organizados milimetricamente sobre uma toalhinha. Não esbarrei com nenhuma camareira ou funcionário pelo caminho que não fosse a turma do lobby. Como eles mantêm os 60 quartos tão impecáveis? Por onde circulam? Aliás, que cheiro bom tem aquele lobby! Uma essência que mistura sândalo e cedro, que parece espelhar na identidade olfativa toda a beleza da decoração do arquiteto Tiago Bernardes, que arrematou o projeto com muitos elementos e móveis em madeira.

Restaurantes com vista e sete piscinas para os hóspedes

O jantar trouxe mais frutos do mar, mariscos e arroz temperado sob a batuta do chef Pedro Franco, um querido e um dos trunfos desse novo hotel. Pedro foi sous chef de  Luca Gozzani, que comanda o Fasano desde 2012, mas faz parte do grupo desde 2007.  Por falar em chef, o Felipe Bronze também apareceu por lá como hóspede e se juntou ao nosso grupo. A noite rendeu algumas saideiras de gim tônica e um bate papo delicioso. O café da manhã é oferecido em um ambiente exclusivo e com vista para o mar. Aliás, todos os restaurantes têm vista, mas esse fica bem de frente para uma das sete piscinas do hotel reservada exclusivamente para os hóspedes. O hotel tem um programa chamado membresia, uma assinatura anual nos moldes de clube para quem tem casa nos arredores poder frequentar as dependências. Alguns pontos altos do café foram o iogurte feito na casa, o bolo de banana e os ovos beneditinos. Anotou? O dia estava lindo e a equipe do hotel confirmou que era o mais bonito do ano. Meu dia de sorte. A baixa temporada pode não ter volume de hóspedes, mas é disparada a mais agradável. A temperatura é mais amena e também chove menos. Em seguida, saímos para um passeio de lancha pelas ilhas próximas. A estrutura da marina tanto para quem possui seu próprio barco, tanto para quem quer alugar por algumas horas ou diária é perfeita. Basta procurar a Angra Aluguel de Lanchas e definir o tamanho da embarcação, o período e a necessidade ou não de um marinheiro a bordo. Voltamos do passeio e nos refastelamos na piscina principal. O almoço foi servido nas mesas baixas com poltronas que ficam anexas a essa área molhada, pois a proposta era justamente não precisar trocar de roupa e poder comer uma comida mais leve. Lâminas de atum, camarão com abóbora ao molho pesto, fico com água na boca só de lembrar. Mais tarde era chegada a hora de uma das programações mais esperadas, ao menos por mim. Minha primeira aula de golf da vida! Vesti até uma camisa polo para entrar no clima. Não cheguei nem perto do primeiro dos 18 buracos, mas consegui acertar algumas belas tacadas. O professor Alex gentilmente disse que eu “levo jeito”. Tanto esforço merecia um relaxamento. Uma massagem maravilhosa com muitos óleos, cheiros, sons e um toque suave conseguiu me deixar em transe. Depois repeti sauna, piscina aquecida, já estava me achando uma habituée. O jantar foi servido no restaurante Crudo, o mais sofisticado do hotel e que tem como proposta servir um menu voltado a opções do mar em sofisticadas elaborações e apresentações como vieiras, camarões, lagostins e peixes variados.
A manhã seguinte era de despedida, mas não sem ter a chance de passear um pouco pelas lojinhas do boulevard que traz a primeira panetteria do grupo Fasano. Tem convite melhor de boas vindas do que oferecer um pão quente para a vizinhança? Comprei nas lojinhas multimarcas um maiô, uma viseira, um presente de criança e até um remédio que estava precisando na farmácia – aliás, aquilo não é uma farmácia, é um espaço de beleza e de curadoria. A gente entra, se distrai e até esquece do que precisava. Senti saudades dos meus filhotes que me esperavam no Rio e lembrei que ainda não tinha visitado o espaço kids e nem a piscina coberta para as crianças. Visualizei eles brincando felizes ali como eu “brinquei” nesses dois dias e fiz a promessa de que voltaria com a minha duplinha. [ngg_images source="galleries" container_ids="3" display_type="photocrati-nextgen_basic_slideshow" gallery_width="600" gallery_height="400" cycle_effect="fade" cycle_interval="10" show_thumbnail_link="1" thumbnail_link_text="[Show thumbnails]" order_by="sortorder" order_direction="ASC" returns="included" maximum_entity_count="500"]

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