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Com status de popstar, Henrique Fogaça inaugura Sal no Rio
Por Alessandra Carneiro | Publicado em 15 de outubro de 2018
Henrique Fogaça chega, enfim, ao Rio com status de popstar. Basta o chef com fama de durão sair da cozinha de seu recém-inaugurado Sal, no Village Mall, para uma profusão de celulares com pedidos para selfies pipocarem em sua frente. Ao contrário do que sua fama de mau pode sugerir, Fogaça é atento, paciente e muito simpático com cada um de seus clientes, que estão ali não apenas para provar os famosos pratos do restaurante paulistano, mas também para ver de perto uma das estrelas do reality show MasterChef, transmitido pela Band. Ao lado de seu irmão Guilherme Fogaça e dos empresários Fernando e Rafael Ludgero, o chef hardcore trouxe seu principal empreendimento para sua estreia no Rio, mas não fica por aí: o segundo restaurante já tem local e nome. A previsão é que até o início de 2019 a primeira unidade brasileira da casa de carnes Sal Grosso abra suas portas no Barra Shopping. Conhecemos o Sal em sua noite de estreia, com casa cheia. O cardápio contemporâneo brasileiro é idêntico ao de São Paulo, mas Henrique Fogaça já avisou que deve mudar com o tempo, trazendo uma pitada mais carioca às opções. No comando de sua cozinha está o sous chef Lucas Vilela. Fogaça, neste início, ficará no esquema "ponte aérea", marcando presença com uma certa frequência no Rio. Para começar, algumas sugestões são siri mole e crocante empanado na farinha panko com tomate cítrico (R$ 48), steak tartare de mignon com ovo de codorna frito e batata frita (R$ 46) e polenta cremosa com pesto de rúcula e lâmina de parmesão (R$ 32). Como prato principal, provamos o tão falado cupim na manteiga de garrafa com mandioca cozida e farofa de banana (R$ 78, foto). O prato criado há dez anos é uma das assinaturas do chef e vem desmanchando e muito bem temperado. Também provamos o risoto de polvo, com açafrão, parmesão, tomate cereja e dill (R$ 116), uma delícia! Outros destaques são ragu de rabada com nhoque de batata e agrião (R$ 92), magret de pato ao molho roti, purê de cabotiá e maçã (R$ 98) e tentáculo de polvo, com arroz sete grãos e creme de azedinha, que está entre os mais pedidos (R$ 109). Para a sobremesa, pedimos o brigadeiro com sorvete de paçoca, pralinê e calda de chocolate (R$ 28), um deleite para os fãs de chocolate. Também destacam-se o pudim de cumaru com calda de frutas vermelhas e sementes de papoula (R$ 27) e a rabanada com creme Inglês de Jack Daniel's e compota de abacaxi (R$ 32). Para o happy hour, a carta de drinques é assinada pelo bartender Jean Ponce (ex-DOM e atual Guarita) e executada pelo barman Aldo Camargo. Entre as criações autorais, o Sal (foto), de cachaça artesanal, calda de gengibre, suco de limão, Fernet branca, matcha, tônica, folhas e pó de hortelã (R$ 33) e o AC/DC, que tem o nome em homenagem a uma das bandas preferidas do chef e mescla gin, cachaça branca, óleo de pequi, xarope de açúcar, suco de limão e clara de ovo pasteurizada (R$ 37). A decoração é um destaque à parte. O belo espaço ganhou um estilo industrial contemporâneo, com objetos e móveis feitos em cobre, madeira e couro, além de quadros com arte urbana e um grande balcão em frente à cozinha envidraçada.