Carioquices, Novas Bossas
O retorno do Hippo: sensação nos anos 80, espaço reinaugura com novidades
Por Antonia Leite Barbosa | Publicado em 21 de julho de 2017

Há exatos 40 anos, em julho de 1977, o Club Hippopotamus fazia a sua estreia. Foram 25 anos de casa cheia e noites memoráveis até que o club de Ricardo Amaral encerrasse suas atividades. E em 2017, a história de números redondos segue firme: 9 milhões investidos marcam o aguardado retorno do Hippo, que com reforço de Rick Amaral e do empresário Catito Perez, entram para comprovar a força do bordão do nosso Rei da Noite: o Rio é uma Festa!
Na mesmíssima Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, o Hippo se reinventa com a missão de uma nova leva de noites inesquecíveis, preenchendo uma lacuna que se manteve aberta desde o fim em 2001. Agora o desafio é atender ao público saudoso - e exigente! -, mas também a uma nova geração carente de opções. Para amarrar tudo isso, uma figurinha conhecida da noite carioca entra em cena. Não há quem passe pela porta sem o crivo de Felipe Ishihama, diretor geral. E a máxima vale tanto para os membros interessados em se associar quanto para o staff, minuciosamente formado por ele. "Tenho 32 anos de idade, e se fizermos uma pesquisa a nossa faixa etária, não tem noite. Está tudo parecido, as mesmas figuras. Meu trabalho é encontrar e conectar as pessoas interessantes, e este ambiente é especial. Quero que cada um saia mais leve que entrou", adianta, revelando que recorreu até a técnicas de feng shui.
No novo Hippo, cada espaço carrega o seu próprio conceito. No lounge do primeiro piso o tom é de celebração, resgatando o clima de festa que marcou os anos áureos. Pista de dança e bar fervido se destacam no projeto de Erick Figueira de Mello, que ainda contornou o andar com telões de LED que prometem dar cara nova ao espaço em ocasiões especiais. Mais acima, a cozinha também ganha ares nostálgicos à la Lapeyre, mas agora é Ricardo Lapeyre, filho de Claude, quem assume com releitura de pratos emblemáticos dos anos 70.
Mais um lance de escada - ou de elevador -, e novos eleentos afloram. É ali que o pequeno exército de new names mostra a que veio. No terraço, o bar ganha ares experimentais sob
comando de Gabriel Zielinsky, que harmoniza coquetéis mais rústicos com as sugestões da mademoiselle charuto, como é chamada a cigar sommelière Polliana Pacola, outra aposta da casa. Com teto retrátil, o espaço já anda fervendo mesmo no atípico inverno carioca, quando mantas de plush entram em cena. "Foram dois anos dedicados a montar este elenco, e eu fui atrás do melhor serviço, foi uma caça ao tesouro", brinca Ishihama, que investiu em nomes dos bastidores de endereços prestigiados como o Mee, Antiquarius, Mr. Lam e Bagatelle - de onde, inclusive, veio o seu maitre, antigo Super Man da casa noturna do Jockey.
Nos anos 80, auge da noite do Hippopotamus, o clube chegou a ter 2500 associados. Em 2017, a estreia já chega com quase 1000 membros apostando no retorno do formato e no selo de qualidade do Rei da Noite - e, diga-se de passagem, ainda é possível garantir o seu cartão de sócio. Se em outros tempos nomes como Demi Moore, Paul McCartney e Robert De Niro passaram por ali, com o anfitrião a frente da Secretaria de Turismo da Cidade, o céu é o limite para a nova leva de figurinhas que prometem dar as caras no clube exclusivo. Já de cara, Ishihama entrega que a famosa Feijoada do Amaral entrará na agenda de fim de semana do espaço, além de um brunch. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos! (por MARIANA BROITMAN)