“Só me lembro dessa coisa de 25 anos de trabalho quando alguém me pergunta. Como todos os dias acontece alguma coisa nova, tem sempre um ‘acidente’ novo no ateliê, eu não penso nisso. Dou mais atenção ao que pode acontecer do que o que aconteceu. Todo dia se parece com o primeiro dia", filosofou José Bechara, que comemora seus 60 anos de vida em uma mostra especialíssima que celebra o quarto-de-século dedicado à arte. "Quanto à idade, é a mesma coisa, já que todo dia tenho um novo plano. Estou sempre pensando em fazer alguma coisa que precisa de  tempo pra ser feita, então acho que não tenho muito interesse em idade. Tenho uma leve obsessão pelo porvir". Em Fluxo Bruto, em cartaz no Museu de Arte Moderna, Bechara materializa essa ideia através de trabalhos tridimensionais que se completam. Realizados em alumínio, mármore, madeira e vidros planos, o conjunto é formado por obras inéditas, algumas delas desenvolvidas a partir de obras anteriores, que ganharam “novas ativações, contaminados pelas demais peças e pelo espaço arquitetônico”. Com curadoria de Beate Reifenscheid, curadora e diretora do Ludwig Museum, na Alemanha. Em estado bruto, os trabalhos foram construídos durante os dias de montagem, e se apresentam em permanente alteração, movimentando-se e concluindo-se na obra a seguir.

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JOSÉ BECHARA - FLUXO BRUTO De 26 de julho a 5 de novembro | Ter. a sex., das 12h às 18h; Sáb., dom. e fer., das 11h às 18h Museu de Arte Moderna: Av. Infante Dom Henrique, 85 Ingresso: R$14 | www.mamrio.org.br